quarta-feira, 29 de abril de 2009

SAMBHOGAKAYA - Projeto sonoro de Konrad Zeller e Renato Sousa.

Poema do livro - A mulher púrpura

A mulher púrpura
Homenagem a diva desejada



El sueño de la mujer
Sin pruebas undidas en lunas
Pendientes de mis manos que
Sostienen los pajaros sonámbulos nocturnos

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Como ágata no ventre oscilante de
Plagios carnudos e constelações
Flamejantes d'espelhos maravilhados
Entreaberto em sulco linear
Imperceptível a cauda auréola esmaltada
Convulsivo de teu beijo sólido transcendendo
Sonhos odoríferos destas
Triunfantes máscaras de baile diamante
Apoteótica a curvatura da lua em seus seios
Rajada, violenta expressão voraz do corpo perolado
Desesperado odor cabalístico de velhas áureas de
Perfis alados, formulando ritos virginais pelas
Quais transita o nervo óptico
Com prouxa claridade etéreas em dolorosos
Cortes de suas meias
Neste rito de lábios de marfim vermelho fogo
Vulva Victoria, triunfante em relva de sangue aberto
Colina perfumada de caminhos arredondados de
Pernas torneadas ao deleite dos desejados
Das suas coxas louras
Alucinante vórtice de ritual enigmático
Destas costas plataforma do desejo de lábios vulcânicos
Mar de espuma esmeralda em paredes
Úmidas desta caixa resonante de
Bromélias defloradas em chuva de pêlos frescos
Como a sensualidade dos seus movimentos
Nupciais em nuvens correntes nos lábios maravilhados
O beijo desejado em seus olhos verdes declinam a fantasia
Da sua pele forjada e plajada todas as noites
Num vôo secreto do pássaro real na
Captura fenomenológica na composição das
Aranhas soníferas, entre os olhos de uma virgem
Enigma pictorico de ritos ascendentes
Mar de outono espumante de longínquas
marés cristalinas idealizadas e sonhadas
Pela mulher diva
A mulher desejada
A mulher mariposa
A mulher que corta seus dedos
A mulher volúpia refeita em leite de
Lânguidas cascatas espirais de plumas
Tecidas em nuvens espontâneas
Resplandecente seqüestro de seus lábios
A provocação líquida das abobadas tenebrosas
De uma conjuntura seqüencial de
Gozo opulento
Em lábios de damasco captado
Maravilhosa seiva em seus movimentos da majestosa
Mulher púrpura do ventre aveludado
Tuas coxas trêmulas em espumas por vir
De marés cintilantes de plágios sonhados
Desta gruta de Europa que gira movimentando-se
Com expressão mística em arpejos de
Meus dedos em sua plendorosa cavidade
Em recortes de cálamo a cauda celeste
Percorrida por escadarias entreabertas
Hidromel ornamentado em branca luz psíquica e
Vertiginosa elevação sonora de suspiros na manta
Ondulada de cachos d`esmalte
Prontificados em frescos tentáculos na lúxuria
Discreta de incensos fecundados gradativamente
Em profunda harmonia do seu ouvido cristalino de sândalo
Calcinado por efêmeras delirantes de seus cílios
Compaginados por folhagens de campanário crepuscular
Em grãos de areia riscada no ar
Ardentes ilusões fascinadas de minutos em seu quadril
Brota relva de conchas encaracolada suspensa e adornada
Por fúcsia no hangar dos amantes ametista
Desenhado em cânfora colar mascavo
Descrito no passar das pernas
Formação láctea dos grandes seios em galope Andaluz
Afrodisíaco de duas luas craqueladas em
Saborosa delicate-se da mandíbula de fogo
Escorrido na indivisivel ornamentação
Frontal de papoula de fósforo cravejada
Num luminoso estandarte.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Poemas do livro - Oratório colvulsivo de Europa

Oratório crepuscular de Saturno


Suas pernas cifrada em grafismo de coral entumescido
Desvendadas e dispostas sobre cabaças da Kashimira
Pulsando a latitude eclíptica de enaguas
Mediterrâneas em frascos de âmbar
Delineando as curvas acetinadas do oratório
Crepuscular nos áneis de Saturno
Estourando esprei de polém na junção de sua nádegas
Defrontadas em notas continuas de
Dimensões cíclicas de suspiros perpendiculares
De seus olhos emblemáticos em
Volta do meu corpo, Amando te.
Dorso tumefacto d`espelhos solares



Seus olhos oligofóticos de superfície marinha
Circundam a silueta com as mãos transformando as
Em gêiser de magma roseo-pupúreo ao toque borbulhante
Tecendo no dorso tumefacto d`espelhos solares
Esconde-se a musa sonhada e banhada em mulso
Secular de relicários esvoasantes, sua cabeleira
Fresca arqueada em fonte austral de laminas
Acondicionadas em caixa reluzente de pêlos pubianos
Ecoando bem baixinho sussurros atrás do espelho
Os labios umedecidos, fragmentados em escala de coral
Espumante na meia taça de um bojo maravilhoso de opala de fogo
Os corpos celestes entre-laçando-se em plumas
Aromáticas de equilíbrio linear da cópula desejada
Oscilando em movimentos extasiados
Radiações do majestoso quadril de iniciação circular.

Corpete de prata



Envolto em seus cachos de tule o toque de meus

Dedos cerimoniais em movimentos delineado

Corpete de prata revestida em brasa forjada

Acetinada em falésia de trufas paralelas dos meus

Sonhos prolongados no bater de cada

Onda luminosa das cristaleiras de suas

Costas maravilhadas ao toque desejante

Móbiles exteriores ofegantes em volta

Do seu corpo de ninfa Amazônica


O tempo está traçado nas fitas brancas que

Prendem as meias de suas pernas


Pendulos dispostos em meridianos violetas de

Contornos aprofundados e ramificados em macrame

De duas luas refletidas em meus olhos

Vitrificados por fragmentos de junções estasiasticas

De movimentos circulares dos corpos cerimôniados

Em pulsante tremulação conquistada em torno da noite

Meu amor...